A frase “Deus me deu, Deus tomou” está registrada no livro de Jó e esse versículo se tornou uma das expressões mais marcantes da Bíblia sobre a soberania de Deus. No contexto do versículo, Jó acabara de perder tudo o que possuía: seus bens materiais, seus servos e, de forma mais dolorosa, todos os seus filhos. No entanto, mesmo diante de tamanha adversidade, sua reação foi de adoração e reconhecimento da autoridade divina sobre todas as coisas.

A passagem exata, conforme a versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), diz:

“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:21, ARC)

Jó compreendia que tudo o que tinha era dádiva de Deus e que Ele tinha o direito de tomar quando quisesse. Esse versículo ensina que a vida do ser humano não está sob seu próprio controle, mas sim nas mãos do Criador. A declaração de Jó demonstra sua submissão à vontade de Deus, uma fé inabalável e um profundo entendimento de que as bênçãos e as perdas fazem parte do plano divino.

A relação entre a dor e a confiança no Senhor aparece em diversas passagens das Escrituras. No significado do Salmo 34:18, por exemplo, lemos: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.” Essa verdade nos lembra que, mesmo nas maiores tribulações, Deus continua próximo dos seus filhos. No final deste artigo, explicaremos melhor essa relação entre a história de Jó e o ensino desse salmo.

O exemplo de Jó é um grande ensinamento para os cristãos de hoje. Diante das perdas e dos desafios da vida, a atitude correta é confiar em Deus, reconhecendo que Ele tem o controle sobre todas as coisas. A fé genuína não depende apenas dos momentos de prosperidade, mas também se mantém firme nas adversidades.

Deus me deu Deus Tomou Versículo
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O que Significa ‘o Senhor o deu e o Senhor o tomou’ na Bíblia?

A expressão “o Senhor o deu e o Senhor o tomou” faz parte do contexto do versículo de Jó 1:21, um dos textos mais impactantes das Escrituras sobre a soberania de Deus. Ao afirmar essas palavras, Jó reconhece que tudo o que possuía — sua família, seus bens e sua saúde — eram dádivas concedidas por Deus e que, no tempo determinado pelo Criador, poderiam ser retiradas.

A versão Almeida Revista e Corrigida (ARC) registra a passagem da seguinte forma:

“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:21, ARC)

Essa declaração revela um princípio fundamental da fé bíblica: Deus é soberano sobre todas as coisas. Ele concede bênçãos conforme Sua vontade, mas também permite que provas e dificuldades aconteçam na vida do ser humano. Essa visão pode parecer dura à primeira vista, mas é essencial para entender que a vida não está no controle do homem, mas sim nas mãos de Deus.

O ensino presente nesse versículo é reforçado em outras passagens da Bíblia. Por exemplo, em Eclesiastes 3:1, lemos: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Isso significa que tanto os momentos de alegria quanto os períodos de dificuldade fazem parte do propósito divino.

A fé de Jó nos ensina que, independentemente das circunstâncias, Deus continua sendo digno de louvor. Sua reação ao sofrimento não foi de revolta, mas sim de reconhecimento da grandeza do Senhor. Assim, o versículo “Deus me deu, Deus tomou” nos lembra que nossa confiança não deve estar nas bênçãos materiais ou nas condições favoráveis da vida, mas sim no próprio Deus, que governa todas as coisas com justiça e amor.

A paciência de Jó e a prova da fé

A história de Jó é um dos maiores exemplos bíblicos de paciência e fé inabalável em meio à provação. O versículo “Deus me deu, Deus tomou”, registrado em Jó 1:21, expressa essa confiança absoluta no Senhor, mesmo quando tudo parecia estar contra ele. Sua perseverança diante da dor e da perda é um testemunho poderoso de que a verdadeira fé não se baseia apenas nas bênçãos recebidas, mas na confiança irrestrita em Deus.

Jó enfrentou uma série de provações intensas. Em um único dia, perdeu seus bens, seus servos e, tragicamente, todos os seus filhos. Logo depois, foi acometido por uma enfermidade terrível que cobriu seu corpo de chagas dolorosas. Para piorar, sua própria esposa lhe disse: “Amaldiçoa a Deus, e morre.” (Jó 2:9, ARC). No entanto, mesmo diante de tamanha angústia, Jó não pecou contra Deus com seus lábios (Jó 2:10).

A paciência de Jó se tornou um exemplo citado até mesmo no Novo Testamento. Em Tiago 5:11, lemos: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Esse versículo confirma que a perseverança de Jó não foi em vão. No tempo certo, Deus restaurou sua vida e lhe concedeu o dobro de tudo o que havia perdido (Jó 42:10).

Essa história nos ensina que a fé autêntica é provada nas dificuldades. Muitas vezes, os momentos de sofrimento são oportunidades para fortalecer nossa confiança em Deus e desenvolver um caráter mais firme. Assim como Jó permaneceu fiel, nós também somos chamados a confiar que Deus tem um propósito maior, mesmo quando não conseguimos compreender as razões das adversidades.

O versículo “Deus me deu, Deus tomou” nos lembra que nossa esperança deve estar firmada no Senhor, e não apenas nas circunstâncias da vida. A paciência e a perseverança diante das provações nos aproximam de Deus e nos moldam para um relacionamento mais profundo com Ele.

Como aplicar Jó 1:21 à vida cristã hoje?

O versículo “Deus me deu, Deus tomou”, registrado em Jó 1:21, não é apenas um relato do passado, mas uma verdade atemporal que ainda se aplica à vida cristã nos dias de hoje. Em um mundo onde muitas pessoas associam a fé apenas à prosperidade e às bênçãos materiais, a história de Jó nos ensina que a confiança em Deus deve permanecer firme, independentemente das circunstâncias.

Na jornada cristã, enfrentamos momentos de alegria e também períodos de perda e sofrimento. No entanto, assim como Jó reconheceu que tudo vem das mãos de Deus, os crentes também são chamados a aceitar tanto os momentos bons quanto os difíceis, sabendo que Deus continua no controle. O apóstolo Paulo reforça esse ensinamento em Filipenses 4:12-13:

“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:12-13, ARC)

A aplicação de Jó 1:21 na vida cristã envolve três atitudes principais:

  1. Reconhecer a soberania de Deus – Assim como Jó declarou que o Senhor dá e também toma, devemos compreender que Ele governa todas as coisas com sabedoria. Isso significa confiar que Seus planos são sempre os melhores, mesmo quando não entendemos os motivos das dificuldades.
  2. Cultivar um coração de gratidão e adoração – Jó não apenas aceitou suas perdas, mas louvou a Deus em meio à dor. A gratidão não deve ser apenas pelo que recebemos, mas também pela presença de Deus em todas as fases da vida. O salmista reforça essa verdade em Salmo 103:2: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.”
  3. Fortalecer a fé nas adversidades – A experiência de Jó mostra que, mesmo quando tudo parece perdido, Deus continua operando em nossa vida. Muitas vezes, as provações servem para nos aproximar mais do Senhor e nos preparar para um propósito maior.

O versículo “Deus me deu, Deus tomou” nos ensina que a fé verdadeira não depende das circunstâncias, mas da certeza de que Deus está sempre no controle. Viver essa realidade no dia a dia significa confiar em Deus acima de tudo e manter um coração rendido à Sua vontade, sabendo que Ele tem um plano perfeito para cada um de nós.

Outros versículos sobre a soberania de Deus

A Bíblia está repleta de passagens que reforçam o ensinamento encontrado no versículo “Deus me deu, Deus tomou”, registrado em Jó 1:21. Esse versículo expressa um princípio fundamental da fé cristã: Deus é soberano sobre todas as coisas, tanto nos momentos de abundância quanto nas fases de dificuldade. Assim como Jó reconheceu a autoridade divina em sua vida, outros textos bíblicos também reafirmam essa verdade.

Um exemplo claro da soberania de Deus está em Deuteronômio 32:39, onde o próprio Senhor declara:

“Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus há além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão.” (Deuteronômio 32:39, ARC)

Esse versículo enfatiza que somente Deus tem o poder sobre a vida e a morte, sobre a saúde e a enfermidade, e que nada acontece fora do Seu controle. Esse mesmo princípio é reforçado em Romanos 11:36:

“Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36, ARC)

A ideia de que todas as coisas vêm de Deus e pertencem a Ele ecoa diretamente o ensinamento de Jó 1:21. Quando compreendemos essa verdade, conseguimos entregar nossas vidas nas mãos do Senhor com plena confiança, sabendo que Seu propósito sempre se cumprirá.

Além disso, essa realidade também é encontrada nos Salmos, especialmente no Salmo 34:18, que diz:

“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.” (Salmo 34:18, ARC)

Esse salmo se conecta diretamente com a história de Jó, pois, mesmo em meio ao sofrimento, ele experimentou a proximidade de Deus. Embora tenha passado por perdas imensuráveis, Jó permaneceu fiel, e o Senhor o restaurou no tempo certo. Da mesma forma, o Salmo 34:18 nos lembra que Deus está próximo dos que enfrentam dificuldades e que Ele cuida dos que se entregam à Sua vontade.

Portanto, ao olharmos para Jó 1:21 e para esses versículos, percebemos que a soberania de Deus não é apenas um conceito teológico, mas uma verdade prática para a vida cristã. Confiar nessa soberania nos fortalece em tempos difíceis e nos ensina que, independentemente das circunstâncias, Deus continua no controle, conduzindo todas as coisas segundo Seus propósitos eternos.

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