Um erro comum entre algumas pessoas é associar o episódio em que Ló teve filhos com suas filhas à figura de Noé. A história de Ló e suas filhas, registrada em Gênesis 19, é um evento separado e não envolve Noé de forma alguma. Neste artigo, vamos esclarecer esse equívoco, explicar o verdadeiro contexto e refletir sobre as lições que essa confusão nos traz.
Embora Noé tenha sido um homem justo escolhido por Deus para preservar a vida durante o dilúvio, o episódio envolvendo filhos com suas filhas pertence a Ló, não a Noé. A história de Ló é contada após a destruição de Sodoma e Gomorra e serve como um alerta para as consequências de escolhas morais equivocadas.
Essa história se conecta ao Salmo 127 explicação, que fala sobre a bênção de Deus sobre a família, e vamos explicar essa relação no final deste artigo.

O Que a Bíblia Realmente Diz Sobre Noé e Suas Filhas?
Noé, de acordo com a Bíblia, foi um homem temente a Deus e fiel a Sua palavra. No entanto, não há nenhuma passagem bíblica que mencione Noé tendo filhos com suas filhas. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé, com sua esposa. A Bíblia não relata nenhum episódio semelhante ao que ocorreu com Ló.
A confusão geralmente ocorre devido à proximidade de ambos na Bíblia como figuras importantes após o dilúvio. No entanto, enquanto Noé representa a fidelidade a Deus, a história das filhas de Ló, que embebedaram seu pai para ter filhos, ocorre em um contexto completamente diferente, após a destruição de Sodoma e Gomorra.
Quem Teve Filhos com Suas Filhas?
O episódio de filhos gerados por uma filha com o próprio pai é atribuído a Ló, não a Noé. Após a destruição de Sodoma e Gomorra, Ló e suas filhas se refugiaram em uma caverna. Temendo que não houvesse mais homens para perpetuar a linhagem familiar, as filhas de Ló tomaram a decisão de embebedar o pai e ter filhos dele. O relato é encontrado em Gênesis 19:36-38 (ARC):
“Assim as duas filhas de Ló conceberam de seu pai. E deu à luz a filha primogênita um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje. E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom, até ao dia de hoje.”
Esse ato não é aprovado pela Bíblia, que condena práticas de incesto, mas serve para destacar as falhas humanas e as consequências das escolhas erradas.
Por que a Prática de Ló Ter Filhos Com Suas Filhas Não é Aceita na Bíblia?
A prática de Ló ter filhos com suas filhas é uma transgressão contra as leis de pureza sexual de Deus, que são claras na Bíblia. Deus, ao longo das Escrituras, condena o incesto, e em Levítico 18:6-7 (ARC), Ele afirma: “Não te chegarás à carne de teu irmão, para descobrires a sua nudez; eu sou o Senhor. Não te chegarás à mulher de teu pai, nem descobrirás a sua nudez, é a nudez de teu pai.”
Embora esse ato tenha ocorrido em uma época de grande desespero, a Bíblia não o justifica, mas mostra as consequências de decisões erradas, mesmo em tempos de angústia. A prática de Ló e suas filhas é, portanto, um exemplo de como as escolhas humanas, quando tomadas sem a direção divina, podem levar a sérias consequências para as gerações seguintes.
Lições Bíblicas Sobre a Moralidade e os Erros de Ló
A história de Ló e suas filhas nos ensina sobre as falhas humanas e a necessidade de seguir os princípios divinos em todas as situações. Mesmo sendo um homem justo que foi poupado do julgamento de Deus em Sodoma e Gomorra, Ló cometeu um erro grave ao permitir que suas filhas tomassem uma decisão tão impensada. A Bíblia nos chama a viver de acordo com os padrões de pureza e moralidade que Deus estabeleceu.
Esse episódio também nos ensina que nossas escolhas têm consequências que vão além do imediato e afetam as gerações futuras. Mesmo em tempos de adversidade, devemos confiar em Deus e buscar Sua orientação para tomar decisões que honrem Sua santidade e justiça.
O Significado de Ló Ter Filhos Com Suas Filhas na Bíblia
O episódio em que Ló teve filhos com suas filhas serve como um lembrete de que, embora o ser humano seja falho, Deus sempre nos chama a seguir Seus princípios de pureza e moralidade. Esse episódio não deve ser interpretado como uma justificativa para tais ações, mas sim como um alerta de que as escolhas humanas, quando feitas sem a sabedoria de Deus, podem ter consequências graves e duradouras.
Essa história se conecta ao Salmo 127, que nos lembra da importância de construir uma família sobre a bênção de Deus. A verdadeira continuidade da linhagem e a preservação da família devem estar alinhadas com a vontade divina, e não com decisões erradas ou impulsivas.