O confronto entre o “profeta novo e profeta velho” é uma história bíblica que oferece lições valiosas sobre obediência a Deus e discernimento espiritual. Encontrada em 1 Reis 13, essa narrativa destaca como até os mais experientes podem ser usados para desviar a vontade de Deus, oferecendo um alerta importante para todos os cristãos. Neste artigo, exploraremos a dinâmica entre esses dois profetas e o que podemos aprender com suas ações e escolhas.

Quem foi o Profeta Novo?

O “profeta novo” mencionado em 1 Reis 13 é uma figura central em um dos episódios mais enigmáticos da Bíblia. Enviado por Deus para cumprir uma missão específica, ele teve o privilégio de ser escolhido para enfrentar o rei Jeroboão de Israel, confrontando a idolatria que o rei havia instaurado. Sua missão era clara e importante: proclamar a palavra de Deus, denunciando os pecados do rei e trazendo um aviso sobre as consequências de suas ações.

Profeta Novo e Profeta Velho
Profeta Novo e Profeta Velho

Este “profeta novo” não é identificado pelo seu nome, o que faz com que sua figura represente a simplicidade e a obediência a Deus, mais do que a notoriedade ou reconhecimento humano. O que é interessante nesta história é que, apesar de ser diretamente instruído por Deus, ele encontra um obstáculo ao seguir seu caminho: a tentativa de desvio do “profeta velho”, que o induz a desobedecer à ordem divina.

A Bíblia, na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), relata no capítulo 13 de 1 Reis:

“E, eis que um homem de Deus veio de Judá, por ordem do Senhor, a Betel; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. E clamou contra o altar, por palavra do Senhor, e disse: Altar, altar! Assim diz o Senhor: Eis que nascerá da casa de Davi um filho, cujo nome será Josias; e sobre ti sacrificará os sacerdotes dos altos, que queimam incenso sobre ti, e sobre ti se queimarão ossos de homens.” (1 Reis 13:1-2, ARC)

Esta passagem sublinha a seriedade da mensagem do profeta novo, que não apenas se opôs à idolatria de Jeroboão, mas também anunciou um futuro messiânico, revelando o poder soberano de Deus sobre os eventos da história. O papel do profeta novo, assim, foi crucial para que se cumprissem os planos de Deus, marcando um ponto decisivo na história do povo de Israel.

Ao final deste artigo, veremos como esta história se relaciona com um salmo da Bíblia, que traz um ensinamento sobre a obediência a Deus e como Ele direciona Seus servos para cumprirem Suas ordens.

O Profeta Velho: Quem Foi e Qual Foi o Seu Papel?

O “profeta velho”, mencionado em 1 Reis 13, desempenha um papel crucial no desenrolar dessa história. Embora ele já fosse um homem de experiência e autoridade, sua atitude traz uma lição poderosa sobre o discernimento espiritual e as consequências da desobediência. Ao contrário do “profeta novo”, que foi enviado diretamente por Deus para cumprir uma missão específica, o “profeta velho” estava mais preocupado em preservar sua própria reputação do que seguir a vontade de Deus.

Este personagem é uma figura intrigante na Bíblia. Ele não apenas induziu o “profeta novo” a desobedecer às instruções claras de Deus, mas também mentiu, afirmando que havia recebido uma revelação divina diferente, o que resultou em sérias consequências. O profeta velho, ao tentar manipular o “profeta novo”, revela o perigo de se deixar levar por palavras que parecem espirituais, mas que não estão alinhadas com o que Deus realmente ordenou.

A Bíblia, na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), diz:

“E ele lhe disse: Eu também sou profeta como tu; e um anjo me falou por palavra do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água. Porém mentiu-lhe.” (1 Reis 13:18, ARC)

Aqui, o “profeta velho” se apresenta como alguém com autoridade espiritual, mas suas palavras não eram verdadeiras, o que serve de alerta para todos nós: nem todo conselho, mesmo vindo de uma pessoa com experiência religiosa, deve ser seguido sem discernimento. O profeta velho, ao desobedecer à vontade de Deus, pagou um alto preço pela sua falta de integridade, mostrando que a sabedoria humana pode falhar quando não está firmada na verdade divina.

Essa história nos ensina a importância de discernir a voz de Deus, especialmente em um mundo onde muitas vozes competem para nos guiar. O “profeta velho” é um exemplo de como, mesmo com conhecimento e autoridade, podemos errar ao tentar desviar os outros de um caminho divino.

O Conflito e a Desobediência: O Que Aconteceu?

O conflito central na história do “profeta novo e profeta velho” ocorre quando o “profeta velho” tenta convencer o “profeta novo” a desobedecer à ordem que Deus lhe havia dado. Após cumprir sua missão de confrontar o rei Jeroboão, o “profeta novo” foi instruído por Deus a não comer nem beber em Betel e a não voltar pelo mesmo caminho que havia vindo. No entanto, ao encontrar o “profeta velho”, ele se vê tentado a mudar de direção, acreditando na palavra de um homem que se dizia profeta, mas que na verdade estava enganando-o.

A Bíblia, na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), relata:

“E ele lhe disse: Eu também sou profeta como tu; e um anjo me falou por palavra do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água. Porém mentiu-lhe.” (1 Reis 13:18, ARC)

Essa mentira do “profeta velho” teve um grande impacto, pois o “profeta novo” decidiu desobedecer à instrução clara de Deus, voltando com o “profeta velho” e aceitando a refeição oferecida. Ao fazer isso, ele infringiu o mandamento divino e sofreu as consequências de sua desobediência.

O erro do “profeta novo” é um exemplo claro de como, mesmo com boas intenções, podemos ser levados a tomar decisões erradas quando nos afastamos da palavra direta de Deus. Ele foi enganado pelo “profeta velho”, um homem com a aparência de sabedoria espiritual, mas que, na realidade, não estava alinhado com a vontade de Deus.

A desobediência do “profeta novo” levou a uma severa reprimenda divina, com a mensagem de que ele não seria sepultado entre os seus ancestrais. Este incidente mostra como a obediência a Deus deve ser nossa prioridade, independentemente das influências externas ou da autoridade de quem nos aconselha.

A Lição de Discernimento Espiritual

A história do “profeta novo e profeta velho” traz consigo uma poderosa lição de discernimento espiritual, que é essencial para qualquer cristão. O erro do “profeta novo” ao ceder à pressão do “profeta velho” mostra como é fácil sermos desviados de nossa missão divina, especialmente quando a voz de um líder espiritual parece ter autoridade. No entanto, a obediência a Deus deve sempre prevalecer, independentemente de quem tenta nos influenciar.

Discernir a verdadeira vontade de Deus é uma habilidade que todo cristão deve cultivar. O “profeta novo”, ao ser enganado, nos alerta para o fato de que nem todas as vozes que ouvimos, mesmo aquelas que se apresentam como proféticas, estão alinhadas com a verdade de Deus. Este discernimento não vem apenas de confiar na experiência ou autoridade humana, mas de ouvir atentamente a voz de Deus e buscar Sua orientação, como está escrito em 1 João 4:1: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.”

A Bíblia, na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), ensina que devemos testar as palavras que ouvimos para garantir que estão em conformidade com a verdade divina. No caso do “profeta novo”, ele falhou em discernir a verdadeira palavra de Deus e, em sua desobediência, sofreu consequências. Este episódio ressalta que, mesmo os mais experientes, como o “profeta velho”, podem errar ao tentar desviar os outros da verdade divina.

Este princípio de discernimento também pode ser relacionado com o significado e explicação do Salmo 63, que é um salmo de busca fervorosa pela presença de Deus. O salmista expressa sua fome e sede pela verdade e pela direção de Deus em sua vida:

“Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te buscarei de madrugada; a minha alma tem sede de ti, a minha carne te deseja, como terra seca e cansada, sem águas.” (Salmo 63:1, ARC)

Assim como o “profeta novo” deveria ter buscado a direção clara de Deus e não se deixar enganar por palavras humanas, o salmo expressa essa busca incessante pela verdade divina. No final deste artigo, explicaremos em detalhes como esse salmo nos ensina a importância de uma busca contínua por Deus, para que possamos discernir Sua vontade em meio às influências do mundo.

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