Na Bíblia, Barrabás é conhecido como o prisioneiro que foi libertado no lugar de Jesus durante o julgamento conduzido por Pôncio Pilatos. Seu nome aparece nos quatro Evangelhos (Mateus 27:16-26; Marcos 15:6-15; Lucas 23:18-25; João 18:40), sempre relacionado ao momento crucial em que a multidão, instigada pelos principais sacerdotes, escolheu livrá-lo da pena de morte e condenar Jesus à crucificação.
A Bíblia nos informa que Barrabás era um criminoso notório. Marcos 15:7 afirma: “E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.” (Marcos 15:7, ARC). Esse versículo nos mostra que ele não era apenas um ladrão, mas alguém envolvido em uma insurreição e responsável por assassinato. Ainda assim, a multidão preferiu libertá-lo em vez de Jesus, o que evidencia o peso da rejeição que Cristo enfrentou.
O nome Barrabás tem um significado simbólico. Em aramaico, “Bar” significa “filho” e “Abba” significa “pai”, tornando seu nome algo como “filho do pai”. Essa nomenclatura contrasta fortemente com a identidade de Jesus, o verdadeiro Filho do Pai celestial. Esse contraste reforça a profundidade espiritual do evento: um homem culpado foi libertado, enquanto o inocente foi condenado.
Esse episódio se torna ainda mais impactante quando analisamos seu significado teológico. A substituição de Barrabás por Jesus representa a essência do evangelho: Cristo tomou o lugar dos pecadores. Assim como Barrabás foi liberto da punição que merecia, todo aquele que crê em Cristo recebe a liberdade espiritual, pois Jesus sofreu a pena que era destinada à humanidade.
Esse tema se conecta ao significado do Salmo 85:10, que diz: “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” (Salmos 85:10, ARC). No final do artigo, explicaremos como esse Salmo se relaciona com a história de Barrabás e o sacrifício de Jesus.

Quem Matou Barrabás na Bíblia
A pergunta sobre quem matou Barrabás na Bíblia não tem uma resposta direta nas Escrituras, pois o destino desse personagem após sua libertação não é mencionado nos Evangelhos. O que sabemos com certeza é que Barrabás foi solto por ordem de Pôncio Pilatos, conforme lemos em Mateus 27:26: “Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.” (Mateus 27:26, ARC).
Não há registros bíblicos sobre o que aconteceu com Barrabás após esse momento. Algumas tradições sugerem que ele pode ter voltado à sua vida criminosa e sido morto posteriormente pelos romanos, já que era um rebelde condenado. Outras interpretações teológicas consideram que Barrabás pode ter se arrependido ao testemunhar a crucificação de Jesus, mas não há provas concretas desse desfecho.
Historicamente, muitos condenados como Barrabás acabavam sendo executados pelos romanos por novos crimes ou envolvimento em revoltas. Sendo assim, é possível que ele tenha sido morto em algum momento, mas a Bíblia não revela quem teria sido responsável por sua morte.
Independentemente do que aconteceu com Barrabás, o foco do relato bíblico está em sua libertação e no contraste entre ele e Jesus. Barrabás simboliza a humanidade pecadora sendo livre, enquanto Cristo, o inocente, assume a culpa no lugar de todos. Esse episódio reforça a mensagem de redenção e graça que é central no evangelho.
O Julgamento de Jesus e a Escolha por Barrabás
O julgamento de Jesus foi um dos momentos mais tensos e decisivos da história bíblica. Após ser traído por Judas Iscariotes e entregue aos líderes religiosos, Jesus foi levado ao sumo sacerdote e, posteriormente, apresentado ao governador romano Pôncio Pilatos. Enquanto isso, Barrabás, um criminoso conhecido por seu envolvimento em motins e assassinatos (Marcos 15:7), estava preso e aguardava sua sentença.
Durante a Páscoa, havia o costume de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pilatos, vendo que Jesus não tinha cometido nenhum crime digno de morte, tentou usar esse costume para soltá-lo. Ele apresentou à multidão duas opções: Jesus, o inocente, ou Barrabás, um criminoso perigoso. A escolha parecia óbvia do ponto de vista da justiça, mas os principais sacerdotes e anciãos influenciaram a multidão para que pedisse a libertação de Barrabás e a condenação de Jesus.
Mateus 27:21-22 registra esse momento crucial:
“E, respondendo o governador, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado!” (Mateus 27:21-22, ARC).
Pilatos, percebendo que estava lidando com um julgamento movido por inveja e manipulação política, ainda tentou persuadir a multidão, mas sua tentativa foi em vão. O povo, instigado pelos líderes religiosos, clamava cada vez mais alto: “Seja crucificado!” (Mateus 27:23). Para evitar um tumulto, Pilatos lavou as mãos diante da multidão e declarou-se inocente do sangue de Jesus, mas mesmo assim ordenou sua crucificação, enquanto Barrabás foi libertado.
Esse episódio ilustra uma troca simbólica profunda: o culpado foi solto e o inocente foi condenado. Essa escolha não foi apenas um ato de injustiça humana, mas também o cumprimento do plano divino de redenção. Jesus tomou o lugar de Barrabás, assim como tomou o lugar de toda a humanidade no madeiro.
A decisão de Pilatos, embora politicamente conveniente, demonstrou sua fraqueza diante da pressão popular. Ele sabia que Jesus não era culpado, mas, por medo de desagradar a multidão e comprometer sua posição, preferiu condenar um justo e libertar um criminoso. Essa escolha ecoa até hoje como um lembrete do preço pago por Cristo para salvar pecadores.
Barrabás e a Simbologia da Redenção
A história de Barrabás vai além de um simples relato sobre um criminoso libertado no lugar de Jesus. Quando analisamos a fundo os acontecimentos descritos nos Evangelhos, percebemos que sua libertação carrega um forte significado espiritual. A troca entre Jesus e Barrabás representa, de forma simbólica, o próprio plano da redenção: o inocente morrendo no lugar do culpado.
A Bíblia nos revela que Barrabás era um homem condenado. Marcos 15:7 descreve:
“E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.” (Marcos 15:7, ARC).
Ele não apenas foi preso por insurreição contra Roma, mas também por assassinato, ou seja, sua culpa era evidente. Segundo a lei romana, sua sentença mais provável era a crucificação, punição comum para criminosos dessa natureza. No entanto, em um ato que parecia ser puramente político e influenciado pela multidão, ele foi liberto, enquanto Jesus, que não tinha cometido pecado algum, foi condenado à morte.
Esse evento simboliza a substituição que Cristo realizou por toda a humanidade. Assim como Barrabás foi poupado da cruz, todos aqueles que creem em Jesus são libertos da condenação eterna. O apóstolo Paulo expressa esse conceito de forma clara em 2 Coríntios 5:21:
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21, ARC).
A troca entre Barrabás e Jesus reflete a própria essência do evangelho: o culpado recebe liberdade, enquanto o justo assume a pena em seu lugar. É um retrato claro da graça divina, onde Cristo, sem pecado, voluntariamente entrega sua vida para que pecadores tenham uma nova chance.
Outro detalhe interessante é que o nome “Barrabás” vem do aramaico e significa “filho do pai” (Bar-Abba). Esse significado contrasta fortemente com Jesus, que é o verdadeiro Filho do Pai Celestial. Barrabás, um homem carnal e pecador, foi liberto, enquanto o verdadeiro Filho de Deus enfrentou a cruz. Isso nos lembra que todo ser humano, assim como Barrabás, tem a oportunidade de ser redimido por meio do sacrifício de Cristo.
A história de Barrabás nos leva a refletir sobre nossa própria condição espiritual. Quem merecia estar na cruz era ele, mas Jesus tomou seu lugar. Assim também ocorre conosco: somos pecadores, mas Jesus pagou o preço da nossa redenção. Isso nos leva a um questionamento pessoal: o que fazemos com essa graça imerecida?
Lições Espirituais que Podemos Aprender com Barrabás
A história de Barrabás vai muito além de um relato sobre um criminoso que foi solto no lugar de Jesus. Quando analisamos com profundidade quem é Barrabás na Bíblia, percebemos que esse episódio carrega valiosas lições espirituais sobre a graça de Deus, a justiça divina e o sacrifício de Cristo pela humanidade.
1. Barrabás representa toda a humanidade
Assim como Barrabás era um homem culpado, condenado por seus crimes, todos os seres humanos são pecadores diante de Deus. A Bíblia nos ensina em Romanos 3:23:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23, ARC).
Barrabás foi liberto sem fazer nada para merecer essa liberdade. Da mesma forma, a humanidade estava condenada, mas Jesus, sem pecado, tomou nosso lugar e nos ofereceu salvação. Esse episódio ilustra a essência do evangelho: o culpado é liberto, enquanto o inocente sofre a penalidade em seu lugar.
2. A multidão fez uma escolha errada – e ainda hoje muitos rejeitam Jesus
Pilatos apresentou à multidão dois homens: Barrabás, um criminoso condenado, e Jesus, o Filho de Deus. A escolha parecia óbvia, mas o povo, influenciado pelos líderes religiosos, pediu a libertação de Barrabás e a crucificação de Jesus.
Isso nos ensina que muitos ainda rejeitam Cristo e escolhem seguir caminhos errados. O próprio Jesus alertou em Mateus 7:13:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela.” (Mateus 7:13, ARC).
Assim como naquela época escolheram libertar Barrabás, muitos hoje continuam rejeitando Jesus e escolhendo caminhos que os afastam da verdade.
3. Deus oferece uma segunda chance, mas o que fazemos com ela?
A Bíblia não nos diz quem matou Barrabás na Bíblia, nem revela o que aconteceu com ele após ser solto. Isso levanta um questionamento importante: o que Barrabás fez com a nova oportunidade que recebeu? Ele teria se arrependido ao ver que Jesus morreu em seu lugar? Ou teria voltado à sua vida de crimes?
Isso nos leva a refletir sobre o que fazemos com a graça que Deus nos concede. Jesus tomou nosso lugar e nos deu uma nova chance. Aproveitamos essa oportunidade para viver de acordo com a vontade de Deus ou continuamos a agir como antes?
4. A justiça e a misericórdia de Deus se encontram na cruz
O Salmo 85:10 expressa uma verdade profunda sobre o plano de Deus para a salvação da humanidade:
“A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” (Salmos 85:10, ARC).
Esse versículo resume perfeitamente o que aconteceu no julgamento de Jesus. A justiça exigia a condenação do pecado, mas a misericórdia providenciou um substituto. Jesus assumiu a punição no lugar de Barrabás, assim como assumiu a culpa por todos os pecadores. Dessa forma, a cruz foi o lugar onde a justiça de Deus e seu amor incondicional se encontraram.
Reflexão Final
A história de Barrabás não é apenas um evento do passado. Ela reflete a realidade espiritual de cada ser humano. Assim como Barrabás, estávamos condenados, mas Jesus tomou nosso lugar para nos dar vida eterna. No entanto, temos o livre-arbítrio para decidir o que faremos com essa graça.
Hoje, temos diante de nós a mesma escolha que foi dada à multidão: aceitar Jesus e seguir seus ensinamentos ou rejeitá-lo e continuar vivendo sem ele. A decisão é nossa.