A Bíblia menciona dois reis com o nome de Joás, um que governou Judá e outro que governou Israel. Ambos tiveram trajetórias marcantes, deixando lições valiosas sobre fidelidade, influência e consequências das escolhas diante de Deus. Para compreender quem foi Joás na Bíblia, é essencial analisar suas histórias e o impacto de seus reinados no povo de Deus.

O primeiro Joás foi rei de Judá e assumiu o trono ainda criança, aos sete anos, após ser poupado de um massacre ordenado por Atalia, que tentou exterminar a descendência real. Sua vida teve uma fase promissora sob a orientação do sacerdote Joiada, mas terminou de forma trágica quando ele se afastou dos caminhos do Senhor. Já o segundo Joás, rei de Israel, seguiu os pecados de Jeroboão, mantendo a idolatria e a desobediência, o que trouxe graves consequências para seu reinado.

A história desses reis nos ensina sobre o impacto da liderança e da influência espiritual, seja para o bem ou para o mal. Assim como vemos no Salmo 1 explicação, que descreve o contraste entre o justo e o ímpio, as trajetórias de Joás ilustram como a proximidade com Deus pode trazer bênçãos, mas o afastamento Dele pode levar à ruína. No final deste artigo, explicaremos a relação entre esses acontecimentos e as lições presentes nesse salmo.

Ao longo deste estudo, mergulharemos na história desses dois reis, explorando suas conquistas, desafios e as lições que suas vidas nos deixam até os dias de hoje.

Quem Foi Joás na Bíblia
Quem Foi Joás na Bíblia

Joás, o Rei que Começou a Reinar com Sete Anos

Entre os reis mencionados na Bíblia, um dos mais notáveis foi Joás, o rei que começou a reinar com sete anos. Ele governou Judá em um período de transição e restauração espiritual. Sua história é marcada por um início promissor, mas também por um fim trágico, evidenciando a importância da fidelidade a Deus ao longo da vida.

Joás nasceu em um tempo de grande instabilidade no reino de Judá. Após a morte do rei Acazias, sua avó Atalia tomou o poder e ordenou a execução de toda a descendência real. No entanto, Jeoseba, irmã de Acazias, escondeu o pequeno Joás no templo, onde foi criado sob os cuidados do sacerdote Joiada (2 Reis 11:2-3). Com apenas sete anos, Joás foi ungido rei por Joiada, e o povo se alegrou ao ver a restauração da linhagem davídica ao trono.

A Bíblia relata esse momento crucial:

“E era Joás da idade de sete anos quando começou a reinar, e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba.” (2 Crônicas 24:1, ARC)

Com a orientação de Joiada, Joás iniciou seu governo promovendo reformas espirituais e a restauração do templo do Senhor. Seu compromisso com a obediência a Deus, no início de seu reinado, trouxe um período de bênçãos para Judá. No entanto, essa fase de prosperidade esteve diretamente ligada à influência do sacerdote Joiada, como veremos nos próximos tópicos.

A Restauração do Templo e o Desvio de Joás

A história de Joás, o rei que começou a reinar com sete anos, tem momentos de grande zelo espiritual e, ao mesmo tempo, um desvio trágico. No início de seu reinado, Joás demonstrou compromisso com Deus ao liderar a restauração do templo, que havia sido negligenciado e profanado durante o governo de Atalia. No entanto, após a morte do sacerdote Joiada, ele se afastou dos caminhos do Senhor, tomando decisões que comprometeram sua relação com Deus e com o povo de Judá.

A restauração do templo: um período de fidelidade

Desde pequeno, Joás foi criado no templo sob a orientação do sacerdote Joiada, o que influenciou sua decisão de restaurá-lo. O santuário havia sido saqueado e danificado, necessitando de reparos urgentes. Por isso, Joás ordenou que os sacerdotes e levitas arrecadassem recursos para a reforma, garantindo que a Casa de Deus fosse restaurada.

A Bíblia descreve esse momento importante:

“Sucedeu, pois, que, no ano vinte e três do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham reparado as fendas da casa. Então, o rei Joás chamou o sacerdote Joiada e os sacerdotes, e disse-lhes: Por que não reparais as fendas da casa? Agora, pois, não tomeis mais dinheiro dos vossos conhecidos, mas dai-o para as fendas da casa.” (2 Reis 12:6-7, ARC)

Com esse decreto, o rei garantiu que a arrecadação fosse feita corretamente, permitindo que o templo voltasse a ser um centro de adoração pura ao Senhor. Esse período representou um tempo de obediência e compromisso com Deus, trazendo bênçãos para Judá.

O desvio de Joás e sua ruína

Infelizmente, quem foi Joás na Bíblia não pode ser definido apenas por seu zelo inicial. Após a morte de Joiada, ele passou a ouvir os príncipes de Judá, que o influenciaram a abandonar a adoração ao Deus verdadeiro e a permitir a idolatria no reino. Esse afastamento da fé trouxe graves consequências.

A Bíblia relata essa mudança:

“Porém, depois da morte de Joiada, vieram os príncipes de Judá, e fizeram obséquio ao rei; então, o rei os ouviu. E deixaram a casa do Senhor, Deus de seus pais, e serviram aos bosques e aos ídolos; e, por esta culpa, veio grande ira sobre Judá e Jerusalém.” (2 Crônicas 24:17-18, ARC)

Aquele que antes havia se preocupado com a casa de Deus agora a abandonava. Como consequência, profetas foram enviados para adverti-lo, mas Joás endureceu o coração. O ápice de sua rebeldia aconteceu quando ele mandou matar Zacarias, filho de Joiada, que tentou corrigi-lo.

Esse trágico fim nos ensina que uma boa influência espiritual pode fortalecer a fé, mas cada pessoa deve ter um relacionamento próprio com Deus para se manter firme. Joás começou bem, mas sua falta de compromisso pessoal o levou à destruição. Nos próximos tópicos, veremos como esse desvio afetou os últimos anos de sua vida.

Joás, Rei de Israel: O Governante Que Não se Afastou dos Pecados de Jeroboão

Além do rei de Judá, outro governante chamado Joás é mencionado na Bíblia. Joás, rei de Israel, o governante que não se afastou dos pecados de Jeroboão, teve um reinado marcado pela continuidade da idolatria e da desobediência a Deus. Seu governo trouxe algumas vitórias militares, mas espiritualmente ele permaneceu longe dos caminhos do Senhor.

O contexto do reinado de Joás, rei de Israel

Joás foi o filho de Jeoacaz e tornou-se rei de Israel durante um período de grande fragilidade para o reino do norte. Seu pai havia enfrentado sérias dificuldades contra os sírios, e a nação estava enfraquecida militarmente. No entanto, em vez de buscar ao Senhor com sinceridade, Joás seguiu os mesmos caminhos pecaminosos de Jeroboão, mantendo o culto aos bezerros de ouro e a idolatria que afastava Israel da verdadeira adoração.

A Bíblia descreve esse comportamento:

“E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel; porém andou neles.” (2 Reis 13:11, ARC)

Esse versículo deixa claro que quem foi Joás na Bíblia no contexto de Israel não pode ser lembrado por uma busca sincera pelo Senhor, mas sim por sua continuidade nos erros de seus antecessores.

Joás e sua falta de fé diante do profeta Eliseu

Apesar de sua desobediência, Joás teve uma oportunidade única quando buscou o profeta Eliseu pouco antes da morte deste. Eliseu o instruiu a disparar flechas para simbolizar a vitória que Deus poderia conceder sobre os sírios. No entanto, Joás demonstrou pouca confiança e atirou apenas três flechas, o que representou uma vitória parcial em vez de uma libertação definitiva.

A Bíblia relata esse episódio:

“Então, disse o homem de Deus: Cinco ou seis vezes deveras ferirás aos siros, até os consumir; porém, agora, três vezes ferirás aos siros.” (2 Reis 13:19, ARC)

Essa passagem mostra que a falta de fé e determinação de Joás limitou as bênçãos que Deus poderia conceder a Israel. Se ele tivesse confiado mais na promessa divina, poderia ter derrotado completamente os inimigos do reino.

A guerra contra Judá e o saque ao templo

Além dos conflitos contra os sírios, Joás também entrou em guerra contra Amazias, rei de Judá. Após uma provocação de Amazias, Joás o derrotou e invadiu Jerusalém. Ele destruiu parte dos muros da cidade e saqueou o templo do Senhor, levando ouro e prata para Samaria.

“E tomou todo o ouro e a prata, e todos os vasos que se acharam na casa do Senhor e nos tesouros da casa do rei, como também os reféns, e voltou para Samaria.” (2 Reis 14:14, ARC)

Esse episódio evidencia a falta de temor de Joás, pois, além de não buscar ao Senhor, ele saqueou o templo que deveria ser um lugar de adoração.

A história de Joás, rei de Israel, nos ensina que persistir no pecado e na idolatria impede que uma pessoa experimente plenamente as bênçãos de Deus. Ele teve oportunidades de mudar, mas escolheu continuar nos pecados de Jeroboão, o que resultou em um legado de desobediência e destruição para Israel.

No próximo tópico, refletiremos sobre as lições espirituais que podemos aprender com os dois reis chamados Joás e como suas trajetórias refletem os princípios descritos na Palavra de Deus.

Lições Espirituais da Vida de Joás

A história de Joás, tanto o rei de Judá quanto o rei de Israel, revela lições espirituais valiosas que podem ser aplicadas à nossa caminhada de fé. Quem foi Joás na Bíblia não pode ser definido apenas por suas boas intenções iniciais, mas também pelas consequências de suas decisões. O contraste entre o começo e o fim de seus reinados reforça a importância da fidelidade contínua a Deus e da responsabilidade pessoal em manter uma vida espiritual firme.

1. A fé precisa ser pessoal e inabalável

Joás, rei de Judá, teve um início promissor, seguindo os ensinamentos do sacerdote Joiada. Durante esse tempo, liderou a restauração do templo e promoveu a adoração ao Deus verdadeiro. No entanto, sua fé parecia depender mais da influência de Joiada do que de uma convicção pessoal. Quando o sacerdote morreu, Joás se afastou rapidamente dos caminhos do Senhor, dando ouvidos a líderes corruptos e permitindo a idolatria.

Essa mudança drástica nos ensina que não basta ter boas influências; é necessário desenvolver uma fé sólida e pessoal em Deus. Como está escrito:

“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmo 1:2, ARC)

O Salmo 1 nos lembra que aqueles que permanecem firmes na Palavra de Deus são como árvores plantadas junto a ribeiros de águas. Joás começou como alguém que prosperava espiritualmente, mas, ao se afastar da vontade do Senhor, tornou-se como a palha que o vento espalha (Salmo 1:4).

2. O perigo de más influências

Tanto Joás, rei de Judá, quanto Joás, rei de Israel, foram fortemente influenciados por seus conselheiros. O primeiro começou bem sob a direção de Joiada, mas caiu ao seguir os príncipes de Judá. O segundo persistiu nos pecados de Jeroboão, mantendo a idolatria em Israel e desprezando a verdadeira adoração.

A Bíblia nos alerta:

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Coríntios 15:33, ARC)

Isso nos ensina que as companhias que escolhemos podem nos fortalecer na fé ou nos afastar de Deus. É essencial buscar conselhos sábios e permanecer firmes na verdade divina.

3. A limitação das bênçãos por falta de fé

Joás, rei de Israel, teve a oportunidade de derrotar completamente os sírios, mas sua falta de confiança em Deus o impediu de alcançar a vitória plena. Quando o profeta Eliseu lhe ordenou atirar flechas, ele o fez de maneira hesitante, resultando em uma vitória parcial.

Essa passagem nos ensina que quando não confiamos plenamente em Deus, podemos limitar as bênçãos que Ele deseja nos conceder. Devemos agir com fé e ousadia, crendo que o Senhor é poderoso para cumprir Suas promessas.

4. A relação entre Joás e o Salmo 1

O Salmo 1 descreve a diferença entre aqueles que escolhem andar com Deus e aqueles que se afastam Dele. A trajetória de Joás, rei de Judá, ilustra essa verdade. No início, ele prosperava espiritualmente como alguém que tem prazer na lei do Senhor (Salmo 1:2), mas, ao se afastar, tornou-se semelhante aos ímpios, que são instáveis e acabam sendo destruídos (Salmo 1:6).

Da mesma forma, Joás, rei de Israel, não se afastou dos pecados de Jeroboão, recusando-se a abandonar a idolatria. Sua história exemplifica aqueles que escolhem o caminho dos ímpios e, por isso, não permanecem firmes diante do juízo de Deus (Salmo 1:5).

A história dos dois Joás nos ensina que não basta começar bem; é necessário permanecer fiel ao Senhor até o fim. Ambos tiveram oportunidades de andar nos caminhos de Deus, mas tomaram decisões que os afastaram Dele, resultando em consequências trágicas.

A pergunta que fica é: qual caminho estamos seguindo? Que possamos aprender com os erros de Joás e escolher ser como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, crescendo espiritualmente e permanecendo firmes na presença do Senhor.

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