O sexto dia da criação é um dos momentos mais significativos e fascinantes da narrativa bíblica, pois nele se revela a culminância do trabalho de Deus. Neste dia, Deus cria o ser humano, à Sua imagem e semelhança, e também os animais terrestres que habitarão a terra. O que Deus criou no sexto dia não foi apenas a criação de seres vivos, mas uma ação de divino propósito que sela a relação entre Deus, a humanidade e a terra.

O que Deus criou no sexto dia
O que Deus criou no sexto dia

Em Gênesis 1:24-31, vemos Deus criando as criaturas que viveriam sobre a terra. Ele cria, também, o homem e a mulher, dando-lhes domínio sobre toda a criação. A importância desse dia na criação é muito mais profunda do que a simples criação de seres vivos. Deus, ao criar o homem, delega-lhe responsabilidade e autoridade sobre a criação, e ao criar os animais, Ele destaca a interdependência de todos os seres vivos na harmonia que Ele mesmo estabeleceu.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” (Gênesis 1:26-27, Almeida Revista e Corrigida)

Essa criação, especialmente do homem, não apenas marca a obra divina, mas também estabelece uma missão divina. O homem e a mulher foram criados para refletir a imagem de Deus, para governar a criação e para viver em harmonia com o mundo ao seu redor. Esse entendimento do sexto dia nos ensina sobre o papel do ser humano na criação e sua conexão com o Criador.

Além disso, podemos refletir sobre o Salmo 8, onde Davi expressa sua admiração pela grandeza de Deus e o lugar que o ser humano ocupa na criação. No final deste artigo, faremos uma relação entre o sexto dia da criação e esse salmo, mostrando como a criação do homem reflete a glória e o propósito de Deus.

Ao explorar o que Deus criou no sexto dia, entendemos que esse evento não é apenas um marco da história da criação, mas um convite para refletirmos sobre nossa responsabilidade e nosso propósito como seres criados à imagem de Deus.

A criação do homem e dos animais terrestres no sexto dia

No sexto dia da criação, como descrito em Gênesis, Deus concluiu uma das partes mais significativas de Sua obra. A palavra-chave principal para entender este momento é “o que Deus criou no sexto dia”. Nesse dia, Deus fez os animais terrestres e, de forma especial, o ser humano.

Primeiramente, Ele disse: “Produza a terra seres viventes, segundo as suas espécies” (Gênesis 1:24). Deus ordenou que a terra gerasse os animais de acordo com suas espécies, e assim aconteceu. O gado, os répteis e as bestas-feras surgiram, cada um com sua característica própria. Deus, ao observar, viu que isso era bom. A diversidade dos animais, sua complexidade e harmonia com o ambiente revelam o cuidado divino em garantir que a criação fosse completa e equilibrada.

Porém, a criação do homem foi algo ainda mais especial. Em Gênesis 1:26-27, Deus fez o homem à Sua imagem, dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Deus não só criou o homem à Sua imagem, mas também lhe deu um papel único: dominar sobre a terra, os animais e toda a criação. O ser humano, masculino e feminino, foi criado para ser co-criador e administrador do que Deus havia feito. Assim, a criação do homem não foi apenas uma obra divina, mas também uma missão para cuidar da criação, refletindo a imagem de Deus na terra.

Neste contexto, “o que Deus criou no sexto dia” não apenas envolve o surgimento de seres vivos, mas também a responsabilidade humana de cuidar e preservar o que foi feito. A criação dos animais e do homem é a culminação de um plano divino, onde tudo foi feito com um propósito específico e harmônico.

Essas duas criações — a dos animais terrestres e do homem — são interligadas, e sua relação reflete o design ordenado e amoroso de Deus para um mundo perfeito e equilibrado.

Passagens bíblicas:

  • Gênesis 1:24 (ARC) – “E disse Deus: Produza a terra seres viventes, segundo as suas espécies, gado, répteis, e bestas-feras, segundo as suas espécies; e assim foi.”
  • Gênesis 1:26-27 (ARC) – “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.”

Esse segmento nos convida a refletir sobre o papel que Deus atribuiu ao homem na criação e sua responsabilidade com a terra, estabelecendo um vínculo profundo entre o homem e os animais que habitam a Terra.

A bênção de Deus no sexto dia

No sexto dia, além de criar os animais terrestres e o homem, Deus concedeu uma bênção especial, carregada de significado e propósito. A palavra-chave principal para entender esse momento é “o que Deus criou no sexto dia”. Após a criação do homem à Sua imagem, Deus olhou para a Sua obra e pronunciou palavras de bênção que moldariam o destino da criação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1:28).

Este versículo revela uma das mais significativas ordens de Deus para o homem: a bênção da fecundidade e da multiplicação. Deus não apenas cria o ser humano à Sua imagem, mas também o empodera para expandir e sustentar a vida na terra. O mandamento “frutificai e multiplicai-vos” é uma instrução divina para que o homem e a mulher se tornem os instrumentos de proliferação da vida, tornando-se co-criadores com Deus, à medida que a humanidade cresce e se espalha pela terra. Essa ordem não se limita apenas aos seres humanos, mas se estende a toda a criação, que deve multiplicar-se para que a terra seja povoada e habitada com a abundância da vida.

Além disso, Deus comissionou o homem para dominar a criação, usando a palavra “sujeitai-a” para expressar a responsabilidade dada ao ser humano. O domínio sobre os animais e sobre a terra não é uma licença para explorar sem limites, mas uma responsabilidade de governar com sabedoria e em harmonia com os princípios divinos. A ideia de “dominar” implica uma liderança justa e cuidadosa, que reflete a natureza de Deus como Criador e Governante do universo.

Deus não apenas cria, mas também abençoa. Ele concede ao homem e aos seres vivos uma missão de multiplicação, abundância e cuidado. A bênção do sexto dia reflete o caráter generoso de Deus e Seu desejo de que a criação se expanda e prospere, refletindo a perfeição e a ordem que Ele estabeleceu desde o início.

Passagem bíblica:

  • Gênesis 1:28 (ARC) – “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”

Essa bênção não apenas marca a abundância física, mas também traz uma responsabilidade espiritual para o homem: ser um cuidador da criação, com respeito, sabedoria e justiça, seguindo a vontade divina.

O significado do sexto dia na história bíblica: A harmonia entre a criação

O sexto dia da criação é de extrema importância para entendermos não apenas “o que Deus criou no sexto dia”, mas também o propósito divino por trás da criação do homem e dos animais. Neste dia, Deus não apenas concluiu a criação dos seres vivos, mas estabeleceu uma harmonia profunda entre todos os elementos criados, refletindo o equilíbrio perfeito de Sua vontade e propósito.

No contexto mais amplo da criação, o sexto dia marca a culminação de um processo divino que começou com a separação da luz das trevas e a formação do céu, da terra e do mar nos primeiros dias. No sexto dia, Deus cria os animais terrestres e, mais importante, o homem, à Sua imagem. A criação do ser humano não é apenas um ato de completude, mas um ato de intencionalidade divina, com um propósito claro: que o homem fosse um administrador da criação, refletindo a imagem de Deus na terra e dominando sobre as criaturas que Ele havia feito.

Quando Deus diz “Façamos o homem à nossa imagem” (Gênesis 1:26), Ele não apenas transmite a ideia de semelhança física, mas também a capacidade dada ao ser humano de refletir os atributos divinos, como sabedoria, bondade e justiça. Essa criação do homem à imagem de Deus estabelece uma relação especial entre o Criador e a criação, com o ser humano ocupando uma posição única de responsabilidade e liderança.

O sexto dia também traz à tona o profundo vínculo entre o ser humano e os animais, conforme Deus os cria. Os animais terrestres são criados por ordem divina, mas o homem é feito à imagem de Deus, com a tarefa de cuidar da criação. A harmonia entre a criação do homem e dos animais mostra o plano de Deus para um mundo interdependente, onde cada ser tem seu papel a cumprir dentro do grande propósito divino.

Ao concluir Sua obra, Deus olha para tudo o que criou e “viu que era muito bom” (Gênesis 1:31). Isso nos mostra que, no sexto dia, Deus não só completou Sua criação, mas também estabeleceu um estado de harmonia e equilíbrio. O ser humano, ao assumir sua responsabilidade de cuidar da terra e dos animais, participa da ordem divina e da continuidade da criação, com a missão de manter o equilíbrio e a prosperidade de tudo o que Deus havia feito.

Esse equilíbrio entre as criaturas e o ser humano reflete o propósito de Deus em criar um mundo onde a vida, em todas as suas formas, coexistisse em harmonia, e onde o homem, feito à imagem de Deus, tivesse o papel de governante e protetor da criação. O sexto dia é, portanto, um marco crucial, que revela não apenas o ato criador de Deus, mas também o plano divino para a manutenção de Sua criação, com a cooperação do homem.

Passagem bíblica:

  • Gênesis 1:31 (ARC) – “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.”

Esse versículo final do sexto dia destaca a perfeição e a harmonia de toda a criação, revelando que, no coração de Deus, o propósito de criar o ser humano e os animais era, e ainda é, parte de um plano maior de amor e cuidado para com a Sua criação.

O que podemos aprender com o sexto dia da criação?

Ao refletirmos sobre “o que Deus criou no sexto dia”, podemos extrair lições valiosas sobre a responsabilidade humana e o domínio sobre a terra. No sexto dia, Deus deu ao homem uma missão única: ser seu representante na Terra, cuidar da criação e governar sobre os seres vivos. Essa responsabilidade não se trata de uma licença para explorar sem limites, mas de um chamado para ser mordomo fiel da obra de Deus.

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27), com a capacidade de refletir Suas qualidades e exercer autoridade sobre a criação. O propósito divino, ao colocar o homem no jardim do Éden, foi para que ele cuidasse e cultivasse a terra, refletindo a ordem e a harmonia estabelecidas no início da criação. O ser humano, portanto, não é apenas um observador passivo, mas um participante ativo na preservação e no desenvolvimento da criação.

O que podemos aprender com isso é que nossa existência e nosso papel na terra devem ser marcados pela responsabilidade. O domínio que Deus concede ao ser humano sobre os animais e a terra não é um domínio destrutivo, mas um cuidado que preserva e sustenta. Devemos, assim, nos tornar bons mordomos dos recursos naturais, reconhecendo que tudo o que há na terra pertence a Deus e que somos apenas administradores temporários de Sua criação.

Além disso, a criação do homem no sexto dia também nos ensina sobre a importância da harmonia. O ser humano não é um ser isolado, mas foi feito para viver em comunhão com os outros seres vivos. A ordem divina de dominar sobre a criação deve ser entendida como um chamado à harmonia, à coexistência e ao respeito por todas as formas de vida.

Ao nos voltarmos para o Salmo 8, vemos uma expressão clara desse relacionamento entre Deus, o homem e a criação. No versículo 6, lemos: “Fizeste-o por um pouco menor do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Faze que tudo ponhas debaixo de seus pés” (Salmo 8:6, ARC). Esse versículo reforça o entendimento de que Deus colocou o ser humano como governante sobre a terra, mas com uma responsabilidade de honra e respeito pela criação.

Assim, o Salmo 8 não apenas confirma a posição do homem como governante da terra, mas também nos ensina que nossa responsabilidade vem acompanhada de uma grande honra. Deus nos deu a tarefa de cuidar da criação e de vivermos em harmonia com ela. Ao refletirmos sobre o sexto dia, entendemos que nossa responsabilidade é refletir a imagem de Deus em tudo o que fazemos, cuidando da terra e de todas as suas criaturas com sabedoria, amor e justiça.

Passagem bíblica:

  • Salmo 8:6 (ARC) – “Fizeste-o por um pouco menor do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Faze que tudo ponhas debaixo de seus pés.”

A relação com o Salmo 8 está clara: assim como Deus confiou ao homem o domínio sobre a criação, Ele também nos chama a refletir a Sua glória em nossas ações, reconhecendo a responsabilidade que temos para com a terra e todos os seres que nela habitam.

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