Os Salmos ocupam um lugar central na Bíblia, servindo tanto como cânticos de louvor quanto como registros proféticos que apontam para o Messias. Entre esses textos sagrados, diversos salmos fala de Jesus, revelando sua missão, sofrimento e glória futura. Essas passagens não apenas anunciam eventos que se cumpririam séculos depois, mas também fortalecem a fé daqueles que buscam compreender o papel de Cristo na história da salvação.
Desde os tempos antigos, estudiosos e cristãos têm reconhecido que muitos salmos contêm profecias sobre o Messias. Algumas dessas passagens descrevem o sofrimento de Cristo, como ocorre no Salmo 22 explicação, enquanto outras fala sobre sua exaltação e governo eterno, como no Salmo 110. Esses textos, escritos por Davi e outros salmistas, apresentam uma visão profunda sobre Jesus, que foi confirmada pelos escritos do Novo Testamento.
Além de revelar aspectos da vida e obra de Cristo, os salmos que fala de Jesus também oferecem consolo e esperança aos que creem. A mensagem profética contida nesses cânticos reforça que o plano divino de redenção foi estabelecido desde a antiguidade e cumprido de maneira perfeita em Cristo.

Salmo 22 e a Profecia do Sofrimento de Cristo
Entre os salmos que fala de Jesus, o Salmo 22 se destaca como uma das mais impressionantes profecias sobre o sofrimento do Messias. Escrito por Davi séculos antes da crucificação de Cristo, este salmo descreve, com detalhes impressionantes, momentos vividos por Jesus em seu sacrifício na cruz. Essa conexão entre a antiga poesia hebraica e os acontecimentos relatados nos Evangelhos confirma a soberania de Deus ao revelar, antecipadamente, o plano da redenção.
Desde o primeiro versículo, percebe-se a profundidade da angústia descrita pelo salmista, refletindo diretamente as palavras proferidas por Jesus na cruz:
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmo 22:1 – ARC).
Essa expressão de desamparo não significa que Deus havia abandonado Jesus, mas aponta para o peso do pecado da humanidade que Ele carregava. Ao citar este salmo no momento de sua crucificação, Cristo não apenas expressava sua dor, mas também direcionava aqueles ao seu redor para a profecia messiânica contida nas Escrituras.
Outro detalhe impressionante presente no Salmo 22 é a descrição da humilhação e do sofrimento físico do Messias. A passagem diz:
“Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.” (Salmo 22:18 – ARC).
Este versículo encontra cumprimento direto nos relatos dos Evangelhos, onde os soldados romanos lançaram sortes para decidir quem ficaria com as vestes de Jesus (Mateus 27:35). O fato de uma profecia escrita tantos séculos antes descrever esse evento com tamanha precisão evidencia que os salmos que fala de Jesus não são meras coincidências, mas sim revelações divinas sobre o plano de salvação.
Dessa forma, o Salmo 22 nos conduz a uma compreensão mais profunda do sofrimento de Cristo e reforça a fé daqueles que reconhecem seu sacrifício como o cumprimento perfeito das Escrituras.
Salmo 110 e a Realeza do Messias
Entre os salmos que fala de Jesus, o Salmo 110 ocupa um lugar de destaque ao revelar a soberania e o governo eterno do Messias. Diferente do Salmo 22, que descreve o sofrimento de Cristo, este salmo apresenta uma visão gloriosa do seu reinado, confirmando sua autoridade divina. Essa passagem foi amplamente citada no Novo Testamento, sendo aplicada diretamente a Jesus como o cumprimento da promessa messiânica.
Logo no primeiro versículo, Davi registra uma declaração profética sobre o domínio de Cristo:
“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.” (Salmo 110:1 – ARC).
Essa passagem revela a posição exaltada de Jesus à direita de Deus Pai, confirmando sua realeza e autoridade sobre todas as coisas. Nos Evangelhos, o próprio Cristo faz referência a esse salmo para demonstrar que o Messias não seria apenas um descendente de Davi, mas alguém muito maior, revestido de poder divino (Mateus 22:44).
Além disso, o Salmo 110 destaca o papel sacerdotal do Messias:
“Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Salmo 110:4 – ARC).
Essa afirmação indica que Jesus não apenas governa como Rei, mas também intercede como Sumo Sacerdote, oferecendo redenção à humanidade. O autor de Hebreus faz menção a essa passagem para mostrar que Cristo exerce um sacerdócio perfeito e eterno, superior ao sacerdócio levítico (Hebreus 7:17).
Assim, o Salmo 110 reforça a identidade de Jesus como o Rei que governa sobre toda a criação e o Sacerdote que media a nova aliança. Ao compreender essa profecia, os cristãos encontram segurança na certeza de que Cristo reina soberanamente e intercede por aqueles que nele confiam.
Salmo 2 e a Filiação Divina de Cristo
Entre os salmos que fala de Jesus, o Salmo 2 se destaca ao revelar a filiação divina do Messias e sua autoridade sobre as nações. Esse salmo apresenta uma mensagem clara sobre a soberania de Deus ao estabelecer seu Ungido como Rei e Filho, antecipando o reconhecimento de Cristo como o verdadeiro governante do mundo.
Logo no início, o salmo questiona a rebeldia das nações contra o plano divino:
“Por que se amotinam as gentes, e os povos imaginam coisas vãs?” (Salmo 2:1 – ARC).
Essa passagem aponta para a resistência da humanidade à autoridade de Deus, algo que se manifestou de maneira intensa durante o ministério de Jesus. Os líderes religiosos e políticos da época rejeitaram o Messias, mas, conforme o salmo declara, seus esforços seriam em vão diante do propósito soberano do Senhor.
Em seguida, o próprio Deus declara a identidade do Messias:
“Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” (Salmo 2:7 – ARC).
Essa afirmação é fundamental para compreender a filiação divina de Cristo. No Novo Testamento, esse versículo é citado em diversas ocasiões para confirmar que Jesus é o Filho de Deus, escolhido e enviado para cumprir a vontade do Pai (Atos 13:33; Hebreus 1:5).
Além disso, o Salmo 2 revela que o Messias receberia domínio sobre as nações:
“Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.” (Salmo 2:8 – ARC).
Essa promessa se cumpre plenamente em Cristo, que estabeleceu um reino eterno e chamou pessoas de todas as nações para fazerem parte dele. A filiação divina de Jesus não apenas demonstra sua posição exaltada, mas também assegura que sua missão de redimir a humanidade estava determinada desde os tempos antigos.
Dessa forma, o Salmo 2 confirma que Jesus é o Filho de Deus, aquele que governa com justiça e cumpre o plano divino de salvação. Seu reinado é inabalável, e todos aqueles que nele confiam encontram refúgio e segurança.
A Relevância dos Salmos Sobre Jesus nos Dias Atuais
Os salmos que fala de Jesus não são apenas registros proféticos do passado, mas mensagens vivas que continuam a impactar a fé cristã nos dias atuais. Eles revelam a identidade do Messias, seu sofrimento, sua realeza e sua filiação divina, fortalecendo a convicção de que Deus sempre esteve no controle da história da salvação.
Ao estudar os salmos que apontam para Cristo, os cristãos de hoje encontram consolo, esperança e direção espiritual. O Salmo 22, por exemplo, não apenas descreve o sofrimento de Jesus na cruz, mas também expressa a confiança na fidelidade de Deus, mostrando que o desamparo momentâneo não era o fim da história. Esse mesmo padrão se repete na vida daqueles que enfrentam provações: embora passem por momentos difíceis, podem confiar que Deus não os abandona.
Além disso, os salmos reforçam a centralidade de Cristo no plano de Deus. O Salmo 110 evidencia que Jesus reina com autoridade e intercede por seu povo, dando segurança àqueles que o seguem. Já o Salmo 2 reafirma que Cristo é o Filho de Deus, enviado para governar as nações e chamar todos ao arrependimento.
A relação entre esses salmos e a vida cristã atual é profunda. Eles demonstram que o sofrimento, a realeza e a filiação de Cristo foram planejados desde a antiguidade e que, mesmo hoje, sua obra continua a transformar vidas. O mesmo Deus que revelou essas verdades por meio dos salmos ainda age para cumprir seu propósito na humanidade.
No final das contas, os salmos que fala de Jesus nos lembram que a Palavra de Deus é eterna e relevante. Eles nos encorajam a confiar no plano divino, fortalecer nossa fé e reconhecer que Cristo é o cumprimento perfeito das promessas de Deus.