A prática de ofertas e dízimos no Novo Testamento é um tema de grande importância para os cristãos, pois reflete não apenas um ato de contribuição material, mas também um compromisso espiritual com Deus. Diferente do Antigo Testamento, onde o dízimo era uma obrigação estipulada na Lei mosaica, o Novo Testamento enfatiza a generosidade e a disposição do coração ao contribuir.
Jesus abordou esse assunto ao repreender os fariseus por sua hipocrisia, mostrando que o dízimo, embora importante, não deveria ser praticado sem o devido entendimento espiritual:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” (Mateus 23:23 – ARC).
Nesse versículo, Jesus não condena o ato de dizimar, mas ensina que ele deve ser acompanhado de princípios fundamentais como justiça, misericórdia e fé. Isso demonstra que a contribuição no Novo Testamento está diretamente ligada à sinceridade do coração e à obediência espiritual.
Além das palavras de Cristo, o apóstolo Paulo também ensinou sobre a importância das ofertas voluntárias na vida da igreja. Ele reforçou que a generosidade deveria ser um ato espontâneo, sem constrangimento ou obrigação, conforme escreveu aos coríntios:
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7 – ARC).
Esse ensinamento revela que ofertas e dízimos no Novo Testamento não são uma imposição legalista, mas um reflexo da gratidão e do amor a Deus. A contribuição não deve ser feita por pressão, mas com alegria e disposição sincera.
A prática da generosidade entre os cristãos primitivos também pode ser vista no livro de Atos, onde os discípulos compartilhavam seus bens para suprir as necessidades uns dos outros:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:42-45 – ARC).
Essa passagem mostra que a contribuição era uma demonstração de amor e unidade entre os irmãos na fé. Em vez de uma obrigação formal, a generosidade era um reflexo da transformação operada pelo Espírito Santo na vida dos crentes.
No decorrer deste artigo, exploraremos mais profundamente o que Jesus e os apóstolos ensinaram sobre ofertas e dízimos no Novo Testamento, destacando a importância da contribuição na igreja primitiva e como podemos aplicar esses princípios nos dias atuais.
Assim como o Salmo 112 explicação descreve as bênçãos sobre o homem que teme ao Senhor e pratica a generosidade – “Ditoso é o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua semente será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. (…) Ele espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.” (Salmo 112:1-9 – ARC) –, veremos como esse princípio está presente também nos ensinos de Cristo e dos apóstolos.
No final do artigo, explicaremos a relação entre ofertas e dízimos no Novo Testamento e o ensinamento contido no Salmo 112.

A Importância da Contribuição na Igreja Primitiva
A importância da contribuição na igreja primitiva pode ser percebida tanto no testemunho dos primeiros cristãos quanto nos ensinamentos dos apóstolos. Desde o início da comunidade cristã, as ofertas e dízimos no Novo Testamento foram utilizadas para sustentar os necessitados e promover a obra do Evangelho. A igreja primitiva não via a contribuição apenas como um dever, mas como um reflexo da fé e do amor fraternal.
Um exemplo marcante desse espírito generoso é encontrado em Atos 2:44-45, que descreve a comunhão e o compartilhamento de bens entre os primeiros discípulos:
“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45 – ARC).
Essa passagem demonstra que, na igreja primitiva, a generosidade era uma expressão natural da nova vida em Cristo. Os cristãos não contribuíam por obrigação, mas por amor e compaixão, garantindo que ninguém entre eles passasse necessidade.
Além disso, a prática da contribuição era incentivada pelos apóstolos, que organizavam coletas para socorrer os irmãos em dificuldades. Em Atos 4:34-35, vemos outro exemplo desse espírito de partilha:
“Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.” (Atos 4:34-35 – ARC).
Esse modelo de contribuição na igreja primitiva reforça que as ofertas e dízimos no Novo Testamento não estavam restritos a um percentual fixo, mas eram motivados pelo desejo de auxiliar e fortalecer a comunidade cristã.
O apóstolo Paulo também organizou coletas entre as igrejas para ajudar os santos que passavam dificuldades, como mencionado em 1 Coríntios 16:1-2:
“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1-2 – ARC).
Essa orientação revela que a contribuição era um ato contínuo e planejado, demonstrando compromisso com a obra de Deus e com os irmãos necessitados.
A importância da contribuição na igreja primitiva também estava ligada ao reconhecimento de que tudo pertence a Deus. Os primeiros cristãos entendiam que suas posses eram dádivas divinas e que deveriam ser usadas para promover o bem e fortalecer o Corpo de Cristo. Esse princípio se mantém válido até hoje, mostrando que a generosidade é um valor essencial na vida cristã.
No próximo tópico, veremos em detalhes o que Jesus disse sobre dízimos e ofertas, destacando suas palavras sobre o coração doador e a verdadeira motivação por trás da contribuição.
O que Jesus Disse Sobre Dízimos e Ofertas?
O que Jesus disse sobre dízimos e ofertas é fundamental para entender como essas práticas são abordadas no Novo Testamento. Embora o Senhor não tenha abolido o dízimo, Ele trouxe um ensinamento mais profundo sobre a verdadeira intenção por trás da contribuição, enfatizando que o coração doador é mais importante do que a mera obrigação religiosa.
Uma das passagens mais diretas sobre o assunto está em Mateus 23:23, onde Jesus repreende os fariseus por sua hipocrisia:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” (Mateus 23:23 – ARC).
Aqui, Jesus não condena a prática do dízimo, mas alerta que ela deve ser acompanhada de justiça, misericórdia e fé. Ele ensina que Deus não se agrada de ofertas e dízimos no Novo Testamento quando são dados apenas por formalidade, sem um coração sincero e voltado ao próximo.
Outro exemplo marcante do ensino de Jesus sobre ofertas está no episódio da oferta da viúva, registrado em Marcos 12:41-44:
“E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos ali deitaram do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.” (Marcos 12:41-44 – ARC).
Esse ensinamento de Jesus sobre dízimos e ofertas no Novo Testamento mostra que Deus valoriza a intenção do coração mais do que a quantidade ofertada. A viúva deu pouco em termos monetários, mas sua entrega foi total e sincera, demonstrando confiança em Deus.
Jesus também enfatizou que a generosidade não deve ser praticada para obter reconhecimento humano. Em Mateus 6:1-4, Ele ensina:
“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:1-4 – ARC).
Esse ensinamento reforça que as ofertas e dízimos no Novo Testamento não devem ser feitos para autopromoção, mas como um ato de adoração genuína a Deus.
Portanto, o que Jesus disse sobre dízimos e ofertas destaca que a contribuição deve ser voluntária, discreta e feita com um coração sincero. O foco não está no valor dado, mas na fé e na intenção do ofertante.
No próximo tópico, analisaremos o ensinamento de Paulo sobre ofertas e dízimos, explorando como ele orientou as igrejas sobre essa prática no Novo Testamento.
O Ensinamento de Paulo Sobre Ofertas e Dízimos
O ensinamento de Paulo sobre ofertas e dízimos no Novo Testamento reforça a importância da contribuição na vida cristã, destacando que a generosidade deve ser voluntária, planejada e motivada pelo amor a Deus e ao próximo. Diferente da obrigatoriedade do dízimo na Lei mosaica, Paulo ensina que a oferta deve ser fruto da gratidão e feita com alegria.
Um dos textos mais conhecidos sobre essa questão está em 2 Coríntios 9:6-7, onde o apóstolo exorta os cristãos sobre o princípio da semeadura e colheita:
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Coríntios 9:6-7 – ARC).
Aqui, Paulo ensina que ofertas e dízimos no Novo Testamento não devem ser dados por obrigação ou pressão, mas com um coração alegre. A contribuição é comparada a uma semente que, quando plantada com generosidade, produzirá frutos espirituais e materiais.
Além disso, Paulo organizou coletas entre as igrejas para auxiliar os santos necessitados, como vemos em 1 Coríntios 16:1-2:
“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1-2 – ARC).
Essa passagem mostra que a contribuição na igreja primitiva era organizada e sistemática, baseada na prosperidade individual de cada um. O objetivo era garantir que houvesse recursos suficientes para socorrer os irmãos em necessidade e para a expansão do Evangelho.
Outro ponto essencial no ensinamento de Paulo sobre ofertas e dízimos é a gratidão. Em Filipenses 4:15-17, ele agradece à igreja de Filipos pelo sustento enviado para sua missão:
“E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do Evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e receber, senão vós somente; porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.” (Filipenses 4:15-17 – ARC).
Esse texto revela que a contribuição dos filipenses não era apenas uma ajuda financeira, mas uma expressão de comunhão e parceria na obra de Deus. Para Paulo, dar ofertas não era apenas um ato de generosidade, mas uma forma de participação ativa no avanço do Evangelho.
Portanto, o ensinamento de Paulo sobre ofertas e dízimos no Novo Testamento nos mostra que a contribuição cristã deve ser feita com alegria, planejamento e generosidade. Ela não deve ser um peso, mas uma expressão da fé e do compromisso com o Reino de Deus.
No próximo tópico, veremos a prática da contribuição na atualidade: o que podemos aprender?, analisando como esses princípios podem ser aplicados hoje.
A Prática da Contribuição na Atualidade: O Que Podemos Aprender?
Diante dos ensinamentos bíblicos, a prática da contribuição na atualidade continua sendo um tema relevante para a vida cristã. As ofertas e dízimos no Novo Testamento não são apenas um ato de obediência, mas uma expressão de gratidão e confiança em Deus. Ao analisar os princípios deixados por Jesus e pelos apóstolos, podemos compreender como aplicá-los em nossa vida e na igreja hoje.
Um dos principais aprendizados é que a contribuição deve ser voluntária e feita com alegria. Assim como Paulo ensinou em 2 Coríntios 9:7 – “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (ARC) –, não devemos enxergar o ato de ofertar como um fardo, mas como uma oportunidade de participar da obra de Deus.
Outro princípio essencial é a generosidade. No Novo Testamento, vemos que os primeiros cristãos compartilhavam seus bens para suprir as necessidades uns dos outros (Atos 2:44-45). Hoje, isso nos ensina que nossas ofertas e dízimos devem ter um propósito: apoiar a igreja, ajudar os necessitados e promover o Reino de Deus. A contribuição não deve ser vista apenas como um compromisso financeiro, mas como um reflexo do amor cristão.
Além disso, a prática da contribuição na atualidade deve estar fundamentada no planejamento e na responsabilidade. Em 1 Coríntios 16:2, Paulo orienta que os cristãos separassem suas ofertas regularmente, conforme suas posses. Isso nos ensina que devemos organizar nossas finanças de forma consciente, sem comprometer nossas obrigações essenciais, mas sempre priorizando a generosidade e a fidelidade a Deus.
Outro ponto crucial é que nossas ofertas devem ser feitas com discrição e sinceridade. Em Mateus 6:3-4, Jesus ensina:
“Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (ARC).
Esse princípio continua sendo válido hoje, lembrando-nos de que a motivação correta para ofertar não deve ser o reconhecimento humano, mas a obediência a Deus.
A Relação com o Salmo 112
A prática da contribuição na atualidade também está diretamente ligada à mensagem do Salmo 112, que destaca as bênçãos sobre aqueles que temem ao Senhor e praticam a generosidade. Como diz o versículo 9:
“Ele espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.” (Salmo 112:9 – ARC).
Esse salmo nos ensina que a generosidade é uma característica do justo e que Deus honra aqueles que contribuem com alegria e retidão. Assim como a igreja primitiva viveu esse princípio na prática, nós, como cristãos, devemos seguir o mesmo exemplo, confiando que Deus suprirá todas as nossas necessidades.
Portanto, ao aplicarmos os princípios de ofertas e dízimos no Novo Testamento em nossa vida hoje, aprendemos que a contribuição deve ser feita com alegria, generosidade, planejamento e sinceridade. Mais do que um ato financeiro, ofertar é um reflexo da nossa fé e do nosso amor por Deus e pelo próximo.