A ordem em que Jesus chamou os discípulos é um aspecto profundamente significativo para compreender a missão de Cristo e como Ele estabeleceu a base para seu ministério. Quando olhamos para as Escrituras, percebemos que a escolha dos doze apóstolos não foi aleatória, mas feita com propósito divino. A Palavra nos relata com clareza como Jesus chamou Seus seguidores e, ao observarmos mais atentamente, podemos discernir lições importantes sobre o reino de Deus e o plano divino.

Na versão Almeida Revista e Corrigida, em Mateus 10:2-4, lemos:
“E os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; E Filipe, e Bartolomeu; Tomé, e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Zelote; e Judas Iscariotes, aquele que também o traiu.”
Esses nomes não foram escolhidos de maneira simples. O chamado de Jesus foi estratégico e repleto de significado. A primeira coisa que se observa é que os apóstolos eram homens comuns, muitos deles pescadores, e Jesus, ao chamá-los, desafiou suas vidas cotidianas, convidando-os para uma missão grandiosa. Entre os chamados, encontramos pessoas de diferentes origens e profissões: pescadores, um publicano (Mateus), e até mesmo um zelote (Simão), um grupo notavelmente diverso que, ao se reunir em torno de Jesus, ilustrava a abrangência do Seu ministério.
O primeiro a ser chamado, Simão, que se tornaria Pedro, junto com seu irmão André, foi um gesto significativo, já que Pedro teve uma posição de destaque entre os apóstolos. Os irmãos Tiago e João também foram chamados, mostrando a importância dos laços familiares na propagação do evangelho. Quando Jesus escolheu um publicano como Mateus, Ele estava mostrando que Sua mensagem era para todos, sem distinção de classe ou ocupação. Além disso, o chamado de Judas Iscariotes, que mais tarde o trairia, nos ensina sobre o livre arbítrio e o plano divino, mesmo em meio ao sofrimento e à traição.
Neste artigo, buscaremos explorar em detalhes a importância dessa ordem de chamada e o que ela significa para o cristão de hoje. Por isso, ao refletirmos sobre o chamado de Jesus, é possível comparar essa ação divina com a ideia de um refúgio seguro presente em salmo 23, que mostra o cuidado e a direção de Deus para aqueles que Ele escolhe para Sua obra. No final do artigo, aprofundaremos essa relação, explicando como o chamado de Jesus se reflete no cuidado e direcionamento que Deus oferece aos Seus servos, conforme expressado nesse salmo.
Leia também nosso artigo do Estudo: A Escolha dos Doze Discípulos.
Como Jesus escolheu seus discípulos entre os pescadores e outros
Quando refletimos sobre qual foi a ordem que Jesus chamou os discípulos, um aspecto fascinante é como Ele escolheu indivíduos de origens tão diferentes, como pescadores e outros, para fazer parte do Seu círculo íntimo. Isso nos revela muito sobre a missão de Jesus e o caráter do Reino de Deus. Ao escolher pescadores, publicanos, e outros homens simples, Ele desafiou as expectativas humanas sobre quem seria digno de estar ao Seu lado na tarefa de espalhar a mensagem divina.
Em Mateus 4:18-19, na versão Almeida Revista e Corrigida, encontramos uma das primeiras chamadas de Jesus aos Seus futuros discípulos:
“E Jesus, andando à beira mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que estavam lançando uma rede ao mar; porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”
A escolha de pescadores é significativa por várias razões. Primeiramente, a profissão de pescador era simples, mas exigia paciência, trabalho árduo e dedicação. Essas qualidades eram essenciais para o tipo de missão que Jesus estava prestes a confiar a esses homens. A metáfora de “pescadores de homens” era profundamente apropriada, pois os discípulos precisariam de habilidades de paciência e perseverança para levar a mensagem do evangelho a todas as nações. Jesus sabia que essas características seriam cruciais para enfrentar os desafios da evangelização.
Ao chamar pescadores como Simão Pedro e André, Jesus não apenas desafiava as normas sociais da época, mas também mostrava que Seu reino não dependia da classe social, riqueza ou status. Ele estava mais interessado no coração e na disposição dos indivíduos para segui-Lo e servir ao propósito divino. Esse aspecto do chamado de Jesus demonstra que, independentemente da origem de uma pessoa, todos são chamados a fazer parte do plano de Deus.
Além dos pescadores, outros discípulos foram chamados de diferentes camadas sociais, como Mateus, o publicano, uma figura ainda mais inesperada. Ele, um coletor de impostos, era desprezado pelos judeus, mas foi escolhido por Jesus para fazer parte do Seu ministério. Esse exemplo ilustra como a escolha de Jesus para os discípulos não se baseava nas expectativas humanas, mas na vontade divina e no potencial dos indivíduos para cumprir a missão do reino.
A diversidade dos discípulos de Jesus, portanto, nos ensina que o Reino de Deus é inclusivo e abrange pessoas de todas as origens e condições. O chamado de Jesus a esses homens simples, muitas vezes considerados impropríos ou marginalizados pela sociedade, destaca o amor incondicional e a soberania divina na escolha de Seus instrumentos para a obra redentora.
Neste ponto, é importante refletir sobre como o chamado de Jesus aos pescadores e outros se conecta com a mensagem de Salmo 23, que expressa confiança e proteção divina. Assim como o Senhor guia e cuida de Seus servos, Ele também orientou e capacitou os discípulos, independentemente de sua origem, para que cumprissem a missão divina. No final deste artigo, vamos aprofundar essa relação e ver como Jesus é, em muitas maneiras, o bom pastor, guiando Seus escolhidos no cumprimento de Seu propósito.
Qual a relevância do chamado de Mateus, o publicano?
Dentro da questão “qual foi a ordem que Jesus chamou os discípulos”, um dos momentos mais significativos e surpreendentes é o chamado de Mateus, o publicano. A escolha de Jesus de chamar um homem da profissão de coletor de impostos – uma profissão muitas vezes desprezada e vista com desdém pelos judeus – revela aspectos profundos sobre o caráter do Reino de Deus e a natureza do chamado divino.
Em Mateus 9:9, na versão Almeida Revista e Corrigida, encontramos o relato do chamado de Mateus:
“E, passando Jesus adiante, viu um homem chamado Mateus, que estava sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me. E ele se levantou e o seguiu.”
Mateus, o publicano, era considerado um traidor pelo povo judeu, pois trabalhava para o Império Romano, arrecadando impostos para os opressores. Além disso, os publicanos eram frequentemente associados à corrupção e ao desrespeito pela lei judaica. No entanto, Jesus, ao escolher Mateus para fazer parte dos Seus discípulos, demonstrou que o Seu chamado não era baseado em status social ou moralidade humana, mas na disposição de seguir a Cristo e cumprir a missão divina.
A relevância do chamado de Mateus, portanto, está na inclusão de um homem marginalizado pela sociedade religiosa da época. Jesus mostrou que, no Seu Reino, não há lugar para o julgamento humano baseado nas ocupações ou no passado de alguém. Mateus, um publicano considerado impuro e impopular, foi chamado para uma missão sagrada. Esse gesto enfatiza que a graça de Deus é para todos, independentemente de sua história de vida ou status social.
Além disso, a conversão de Mateus teve um impacto significativo, pois ele se tornou um dos escritores do evangelho, deixando para o mundo uma das mais poderosas narrações sobre a vida e o ministério de Jesus. Seu chamado e transformação refletem a ideia de que ninguém está além do alcance da graça de Deus, e que até os considerados impuros ou indignos podem ser instrumentos poderosos em Suas mãos.
O chamado de Mateus também nos ensina sobre o poder transformador de Jesus. Quando Ele disse “Segue-me”, Mateus não hesitou. Ele deixou tudo para trás, incluindo uma posição confortável e lucrativa, para seguir o Mestre. Esse ato de fé e obediência é um exemplo para todos nós sobre como devemos responder ao chamado de Cristo, independentemente das circunstâncias de nossa vida.
O que as ordens de Jesus revelam sobre a diversidade dos discípulos
Ao considerarmos “qual foi a ordem que Jesus chamou os discípulos”, vemos uma profunda revelação sobre a diversidade do Reino de Deus. Jesus, ao chamar os doze apóstolos, escolheu pessoas com origens e características muito diferentes umas das outras, o que nos ensina valiosas lições sobre como Deus vê e utiliza a diversidade em Seu plano redentor.
Em Mateus 10:2-4, na versão Almeida Revista e Corrigida, lemos:
“E os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; E Filipe, e Bartolomeu; Tomé, e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Zelote; e Judas Iscariotes, aquele que também o traiu.”
O que essas ordens de chamada nos revelam? Jesus não escolheu os discípulos com base em suas origens sociais, intelectuais ou religiosas. Ele chamou um grupo diversificado: pescadores simples, um publicano (Mateus), um zelote (Simão), e outros com diferentes histórias e profissões. Esse ato de escolher discípulos tão variados tem um profundo significado espiritual.
Primeiramente, a diversidade dos discípulos ilustra que o Reino de Deus não é limitado às expectativas humanas. Jesus não se limitou a escolher apenas aqueles que eram vistos como espiritualmente “puros” ou de alta posição social. Em vez disso, Ele escolheu pessoas de diferentes origens, com diferentes experiências de vida, para mostrar que todos são bem-vindos ao Seu chamado, independentemente de sua condição anterior. Essa diversidade reflete a natureza inclusiva do evangelho, que vai além de fronteiras sociais, econômicas e culturais.
Além disso, a diversidade entre os discípulos também mostra que, no Reino de Deus, todos têm um papel a desempenhar, independentemente de sua formação ou histórico. O grupo de discípulos incluía pessoas com diferentes talentos, habilidades e perspectivas. Isso é essencial para a missão de Jesus, pois a diversidade dentro do corpo de Cristo traz uma riqueza de experiências e contribuições que enriquecem a obra de Deus. Como Paulo mais tarde ensinaria, somos todos membros de um único corpo, com diferentes funções, mas todos necessários para o cumprimento da missão divina (1 Coríntios 12:12-27).
Ao observarmos a diversidade dos discípulos, vemos que Jesus, ao contrário de outros líderes ou figuras da época, não buscou formar um grupo homogêneo de seguidores, mas um grupo de pessoas que, apesar de suas diferenças, seriam unidas pelo propósito de levar adiante a mensagem do evangelho. Jesus sabia que, por meio dessa diversidade, o Seu poder se manifestaria mais plenamente, trazendo uma mensagem universal que poderia atingir e transformar todas as nações.
Como a ordem de chamada dos discípulos se relaciona com a missão global de Jesus
Ao analisarmos “qual foi a ordem que Jesus chamou os discípulos”, é essencial perceber como essa ordem se conecta com a missão global de Cristo. Jesus não apenas escolheu os discípulos de maneira específica e estratégica, mas também os preparou para uma missão que ultrapassaria as fronteiras de Israel, alcançando as nações do mundo. A ordem de chamada, portanto, reflete a preparação dos apóstolos para o grande chamado de espalhar o evangelho a todas as pessoas, cumprindo o propósito global de Jesus.
Em Mateus 10:5-6, na versão Almeida Revista e Corrigida, encontramos a orientação de Jesus a Seus discípulos:
“Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel.”
Inicialmente, Jesus direciona Seus discípulos para as “ovelhas perdidas da casa de Israel”, enfatizando que a missão deles começaria entre os judeus. Isso reflete a intenção de Jesus de primeiro cumprir as promessas feitas a Israel e levar o evangelho àqueles que eram a Sua herança escolhida. No entanto, como sabemos, esse não seria o fim da missão. Em Mateus 28:19-20, Jesus comissiona Seus discípulos a irem por todo o mundo, dizendo:
“Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Essa mudança no foco da missão – de Israel para o mundo – é um reflexo de como a ordem de chamada dos discípulos se relaciona com a missão global de Jesus. Ao escolher discípulos de origens tão diversas, Jesus estava preparando um grupo capaz de se conectar com uma audiência global. A diversidade dos discípulos, que incluía pescadores, publicanos, e outros, seria uma força, pois esse grupo iria, eventualmente, levar o evangelho para além das fronteiras geográficas, culturais e sociais de Israel.
O chamado de Jesus a Seus discípulos para iniciar uma missão focada nos judeus, mas que logo se expandiria para o mundo todo, também se alinha com a visão do Salmo 23, que foi citado no item 1. No Salmo 23, vemos um Deus que guia e cuida de Seu rebanho, protegendo-os e conduzindo-os pelos caminhos certos. Esse mesmo cuidado de Deus, evidenciado no Salmo, também é refletido na missão de Jesus com Seus discípulos. Como o bom pastor, Jesus orientou os apóstolos para que cumprissem Sua missão com sabedoria, coragem e dedicação, sabedores de que, independentemente das dificuldades, Ele estaria sempre guiando Seus seguidores.
A conexão entre o chamado dos discípulos e o salmo 23 é clara: assim como o Senhor é o pastor que cuida de Seu rebanho, Jesus, como o Bom Pastor, preparou Seus discípulos para levar Sua mensagem ao mundo, confiando neles para espalhar a verdade, o consolo e a esperança. No final deste artigo, vamos explorar mais a fundo essa relação, mostrando como a missão de Jesus, guiada por Ele como o bom pastor, se reflete nas vidas daqueles que Ele escolheu para cumprir Sua obra no mundo.