A crucificação de Jesus é um dos momentos mais marcantes da Bíblia, pois representa o ápice do plano divino para a redenção da humanidade. No entanto, além do próprio Cristo, outras pessoas também estavam na cruz naquele dia, e compreender quem estava na cruz com Jesus nos ajuda a refletir sobre diferentes respostas ao chamado divino. Entre os que foram crucificados ao seu lado estavam dois malfeitores, cuja atitude diante do Salvador ilustra duas reações opostas: a rejeição e o arrependimento.

Esse evento está registrado nos Evangelhos e contém ensinamentos profundos sobre a graça e o juízo divino. O diálogo de Jesus com um dos ladrões revela a misericórdia de Deus e a promessa da vida eterna. Como está escrito: “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:42-43, ARC). Essa resposta de Cristo demonstra que o arrependimento sincero, mesmo nos últimos momentos de vida, pode levar à salvação.

Além dos criminosos, a cena da crucificação contou com a presença de outros personagens importantes, como Maria, mãe de Jesus, e João, o discípulo amado. Cada um deles testemunhou esse momento de dor, mas também de esperança para aqueles que creem na obra redentora de Cristo.

Essa cena tem uma relação profunda com os Salmos, especialmente o Salmo 22 explicação, que profeticamente descreve os sofrimentos do Messias e sua confiança em Deus mesmo em meio à aflição. No final deste artigo, explicaremos como esse salmo se conecta com a crucificação e o que ele nos ensina sobre a fé em meio ao sofrimento.

Quem Estava na Cruz com Jesus?

No dia da crucificação, além de Jesus, duas outras pessoas foram condenadas à mesma pena e pregadas em cruzes ao seu lado. Os evangelhos relatam que eram malfeitores, também chamados de ladrões ou salteadores. A Bíblia afirma: “E conduziram também outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” (Lucas 23:32-33, ARC).

Quem Estava na Cruz Com Jesus
Quem Estava na Cruz Com Jesus

A presença desses dois homens ao lado de Cristo não foi um detalhe aleatório. Cada um deles representa uma resposta diferente à presença de Jesus: um rejeitou sua identidade como Filho de Deus, enquanto o outro demonstrou arrependimento e fé. Essa cena se tornou um símbolo da escolha que toda a humanidade precisa fazer diante da obra redentora de Cristo.

Os evangelhos de Mateus e Marcos registram que, no início, ambos os ladrões zombavam de Jesus, assim como os soldados e líderes religiosos: “E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.” (Mateus 27:44, ARC). No entanto, algo extraordinário aconteceu. Um dos criminosos mudou sua postura e reconheceu a inocência de Jesus, enquanto o outro continuou a insultá-lo.

Além dos dois malfeitores, havia também outras pessoas acompanhando de perto a crucificação. O Evangelho de João menciona que Maria, mãe de Jesus, estava presente junto com outras mulheres piedosas e o discípulo João: “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.” (João 19:25, ARC). Esse pequeno grupo de fiéis permaneceu ao lado de Cristo em seus momentos finais, testemunhando sua entrega total em favor da humanidade.

Dessa forma, entender quem estava na cruz com Jesus nos leva a uma reflexão profunda sobre a salvação e o impacto da cruz na vida de cada pessoa. Nos próximos tópicos, analisaremos com mais detalhes a diferença entre a atitude dos dois malfeitores e o significado teológico desse evento.

O Arrependimento do Ladrão na Cruz

Entre os que estavam na cruz com Jesus, um dos ladrões teve uma mudança de coração que se tornou um dos momentos mais marcantes da crucificação. No início, tanto ele quanto o outro malfeitor zombavam de Cristo, como registrado em Mateus: “E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.” (Mateus 27:44, ARC). No entanto, em algum momento durante aquelas horas de sofrimento, um deles reconheceu que Jesus era inocente e, mais do que isso, compreendeu que Ele era o verdadeiro Rei e Salvador.

Esse ladrão, ao invés de continuar insultando Jesus, repreendeu seu companheiro de crime e demonstrou temor a Deus: “Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.” (Lucas 23:40-41, ARC).

A seguir, esse homem fez um pedido extraordinário: “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino.” (Lucas 23:42, ARC). Essas palavras revelam que ele creu que Jesus era o Messias e que tinha autoridade sobre o Reino celestial. Mesmo estando prestes a morrer, o ladrão expressou fé na salvação e confiou sua alma ao Senhor.

A resposta de Jesus a esse pedido foi um dos maiores exemplos de graça e misericórdia registrados nas Escrituras: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43, ARC). Esse versículo confirma que a salvação não depende de obras ou méritos, mas da fé genuína em Cristo. Mesmo sem tempo para fazer boas ações ou reparar seus erros, aquele homem recebeu a promessa da vida eterna por ter depositado sua confiança no Filho de Deus.

O arrependimento do ladrão na cruz nos ensina que nunca é tarde para buscar a Deus. Seu exemplo mostra que a misericórdia de Cristo está disponível para todos que, com um coração sincero, se voltam para Ele. Além disso, reforça a verdade de que a salvação é um dom divino, acessível a qualquer pessoa que reconheça Jesus como Senhor e Salvador.

Quem Mais Estava Presente na Crucificação?

Além de quem estava na cruz com Jesus, outras pessoas acompanharam de perto o sofrimento do Salvador. Enquanto muitos zombavam d’Ele, alguns permaneceram fiéis, suportando a dor de vê-Lo sofrer. Entre essas pessoas estavam sua mãe, Maria, o discípulo amado João e outras mulheres piedosas que seguiam Jesus durante seu ministério.

O Evangelho de João registra: “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.” (João 19:25, ARC). Mesmo em meio ao sofrimento, Jesus demonstrou cuidado com sua mãe, entregando-a aos cuidados de João: “Mulher, eis aí o teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E, desde aquela hora, o discípulo a recebeu em sua casa.” (João 19:26-27, ARC). Essa atitude mostra que, mesmo nos últimos momentos de sua vida, Jesus se preocupava com aqueles que amava.

Outro grupo que testemunhou a crucificação foi o dos soldados romanos. Eles foram responsáveis por pregar Jesus na cruz e dividir suas vestes, cumprindo uma profecia do Antigo Testamento: “Repartiram entre si as minhas vestes, e lançaram sortes sobre a minha túnica.” (Salmo 22:18, ARC). Mais tarde, um dos centuriões reconheceu a divindade de Cristo ao vê-Lo morrer: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39, ARC).

Havia também os líderes religiosos e outros espectadores que escarneciam de Jesus. Eles O desafiavam a descer da cruz, sem perceber que o verdadeiro propósito de Cristo era se entregar para a redenção da humanidade. Como registrado em Mateus: “E, os que passavam, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o templo e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da cruz!” (Mateus 27:39-40, ARC).

A presença dessas diferentes pessoas ao redor da cruz evidencia a diversidade de reações diante do sacrifício de Jesus. Alguns O amavam e choravam por Ele, outros O ridicularizavam e duvidavam de sua identidade. No entanto, independentemente da atitude de cada um, a cruz marcou a história como o evento central da redenção, oferecendo salvação a todos que creem.

Reflexão Final

A cena da crucificação nos ensina lições profundas sobre a fé, a graça e a escolha que cada ser humano precisa fazer diante de Cristo. Ao analisarmos quem estava na cruz com Jesus, percebemos que as reações diante do Salvador foram opostas: um ladrão rejeitou a salvação, enquanto o outro reconheceu seu pecado e recebeu a promessa do Paraíso. Essa dualidade permanece até hoje, pois cada pessoa deve decidir entre aceitar ou rejeitar o sacrifício de Cristo.

Além dos ladrões, estavam presentes aqueles que amavam Jesus, como Maria, sua mãe, e João, o discípulo amado, além de soldados romanos e líderes religiosos. Cada um reagiu de forma diferente à cruz, mas o evento em si marcou para sempre a história da humanidade. A morte de Jesus não foi um simples acontecimento trágico, mas o cumprimento do plano redentor de Deus, trazendo salvação àqueles que creem.

Esse momento tem uma conexão direta com o Salmo 22, que foi citado no início deste artigo. Esse salmo é uma impressionante profecia sobre os sofrimentos do Messias, descrevendo em detalhes seu sofrimento na cruz. Quando Jesus foi crucificado, Ele experimentou o abandono, a dor e a zombaria, exatamente como descrito no salmo: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmo 22:1, ARC). No entanto, esse salmo não termina com derrota, mas com uma declaração de vitória e louvor a Deus, apontando para a ressurreição e para a redenção daqueles que confiam no Senhor.

Dessa forma, a cruz não representa apenas sofrimento, mas a manifestação do amor de Deus, oferecendo esperança e salvação a todos os que creem. Que essa reflexão nos leve a valorizar ainda mais o sacrifício de Cristo e a viver conforme sua vontade, pois “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5, ARC).

Rolar para cima